segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pré História Brasileira

Nos tempos primitivos não havia documentos escritos sobre a vida nem sobre o homem.
Esse período é chamado de pré-história e o que se conhece a seu respeito baseia-se nos objetos que restam dessa época.
A Pré-história divide-se em Idade da Pedra, do Bronze e do Ferro. A Idade da Pedra foi dividida em dois períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada e Neolítico ou Idade da Pedra Polida.
O período que iremos estudar é o Paleolítico, a etapa mais antiga da Pré-história, ou seja, a mais antiga da evolução do homem, essa época começou há cerca de dois milhões de anos e terminou há cerca de dez mil anos. Nessa época ocorreu uma importante evolução física no homem, surgiram os primeiros homens modernos, isto é , da espécie Homo sapiens , acompanhada de evolução cultural, que dura até os nossos dias.
O período Paleolítico ou Pedra lascada se dividiu em três etapas: Inferior, Médio e Superior. Seu desenvolvimento está ligado às quatro fases da Era Glacial (períodos muito frios), separadas por intervalo de clima temperado, parecido com o atual, conhecido como era interglacial.
O período da Pedra Lascada ou Paleolítico dividiu-se em três fases: inferior, médio e superior.


Desenvolvimento


O que foi o Paleolítico e como viviam os homens nesse período (principais características)
Paleolítico é o primeiro e o mais extenso período que conhecemos da história da humanidade.
Neste período surgem os primeiros hominídeos, antepassados do homem moderno.
Os homens paleolíticos foram se diferenciando sempre mais dos seus antepassados.
Com o desenvolvimento da mente e a acumulação de experiências e conhecimentos, os homens primitivos foram aperfeiçoando seus instrumentos, utensílios domésticos e armas, suas técnicas e meios de subsistência. Desenvolveram também sua vida em sociedade, suas atitudes e hábitos sociais, como a vida familiar, a vida em grupos, a participação coletiva, neste período introduziram cerimônias religiosas, aperfeiçoaram a arte, o artesanato, passaram a construir casas e abrigos, a fazer agasalhos, descobriram o fogo e inventaram os meios de comunicação e transporte.
Neste período surgem os primeiros hominídeos, antepassados do homem moderno.


Vejamos as suas principais características:


Alimentação
Os homens paleolíticos ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Eles retiravam os alimentos da natureza. Coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais.
Os homens paleolítico se alimentavam da caça, da pesca e da coleta de frutas e raízes silvestres.
Os instrumentos ou ferramentas
Os instrumentos ou ferramentas do paleolítico eram de pedra, madeira ou osso. A técnica usada para fabricar esses instrumentos era de bater na pedra de maneira a lhe dar a forma adequada para cortar, raspar ou furar.
Os principais instrumentos foram os machados de mão, pontas de flecha, pequenas lanças, arpões, anzóis e mais tarde agulhas de osso, arcos e flechas.
Os homens paleolíticos fabricavam seus instrumentos de pedras, ossos e madeira e faziam uma grande variedade de instrumentos como lanças, lâminas, ponta de flechas, martelos, etc.


Habitação
Os homens do Paleolítico viviam de uma maneira muito primitiva, em grupos nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de região para região em busca de alimentos. Habitavam cavernas, copas de árvores, saliências rochosas ou tendas feitas de galhos e cobertas de folhas ou de pele de animais.
Os homens paleolítico utilizavam diversos tipos de moradia como cavernas, tendas em cavernas feita de pele de animais e cabanas feitas de galhos e folhas de árvores.


Religião
O homem divinizava as forças da natureza, acreditavam na vida depois da morte, enterravam seus mortos debaixo de grandes lajes de pedra suspensas, de nome sambaqui, com suas roupas, armas, enfeites e oferendas. Também adoravam deusas que representavam a fecundidade, pois uma das principais preocupações do homem primitivo era a conservação da espécie humana.
Os homens paleolítico acreditavam na vida depois da morte, enterravam seus mortos em sepulturas chamadas de sambaqui.


Vestuário
Eram feitas de pele de animais, as mulheres faziam as vestimentas que eram coloridas e tinham vários enfeites.
Elas limpavam e curtiam essas peles até deixa-las bem macias. Usavam agulha de osso e fios de costura eram tendões, tripas secas ou tirinhas de couro. Também faziam jóias e adornos feitos de âmbar, marfim e conchas.
Faziam roupas com peles de animais, e costuravam com agulha feita de osso e os fios de costura eram tripas secas ou tirinhas de couro, eles usavam também enfeites.


Organização Social
No início do paleolítico a organização social se baseava em pequenos grupos humanos, e unidos por laços familiares. Com o passar do tempo a vida em grupo evoluiu e começaram a se organizarem socialmente. Haviam uma divisão simples do trabalho de acordo com idade e o sexo. Onde as mulheres cuidavam das crianças e juntamente com elas eram responsáveis pela coletas de frutos e raízes, os homens caçavam, pescavam e defendiam o território, sempre realizavam as tarefas em grupo.
Neste período acreditam os estudiosos que existia algum tipo de hierarquia que distribuía o trabalho. Tudo que caçavam, pescavam ou coletavam eram divididos entre eles.
Viviam sempre em grupos, havia uma divisão uma divisão simples do trabalho, e que caçavam e coletavam eram divididos entre todos.


Desenvolvimento da Linguagem
O progresso cultural do homem é expressa pela comunicação e pela vida em sociedade. A linguagem era necessária para a convivência em grupo. A linguagem do homem paleolítico se baseava no inicio em gestos, sinais e desenhos e mais tarde se baseava também na voz.


O que são pinturas rupestres?
Pinturas rupestres são pinturas e desenhos registrados no interior de cavernas, abrigos rochosos e, mesmo ao ar livre. São artes do período paleolítico, também chamado de arte parietal e existe no mundo todo, apesar de ser mais abundante na Europa.
No Brasil, há vestígios de arte rupestre em Florianópolis, Santa Catarina, Bahia e Piauí.
As pinturas geralmente representavam figuras de animais como cavalos, mamutes e bisontes e humanas onde representavam a caça, danças, rituais ou guerreiros.
As pinturas eram executadas a dedo, com o buril, com um pincel de pelo ou pena, ou ainda com almofadas feitas de musgo ou folhas. Eram utilizados materiais corante minerais nas cores ocre-amarelo, ocre-vermelho e negro. Sempre utilizavam pigmentos de cores naturais. Tentavam obter terceira dimensão, aproveitando os acidentes naturais do teto e da parede doas cavernas e também aplicando linhas de sombreado e braços de diferentes grossuras.
Alem das pinturas rupestres a arte paleolítica também faziam esculturas em marfim, osso, pedra e argila. Essas esculturas representavam as "Vênus" primitivas, eram figuras femininas e também animais.
Os bisões que se podem observar na imagem são apenas uma pequena mostra do conjunto de pinturas pré-históricas que a caverna de Altamira abriga. Com mais de 15.000 anos de antigüidade, localizada no final de Santillana del Mar, recebesse o apelido de Capela Sistina da arte paleolítica .

                             Cavalos e mamutes – pintura rupestre período paleolítico.

As pinturas rupestres existem em quase todo o mundo inclusive no Brasil. São artes do período paleolítico pintadas geralmente em cavernas e geralmente representavam figuras de animais.
Além das pinturas rupestres o homem paleolítico também faziam esculturas em marfim, osso, pedra e argila, sempre representavam figuras femininas ou de animais.

Como ocorreu a descoberta do fogo?

Uma descoberta muito importante do período paleolítico foi o fogo.
Onde o homem primitivo inicialmente observou esse fogo surgindo espontaneamente, aos poucos perderam o medo dele e começaram primeiramente utiliza-lo de vez em quando e de maneira desorganizada, como fonte de iluminação e aquecimento. Para isto foi necessário descobrir como mantê-lo aceso, isto também resultou provavelmente da observação de que brasas resultantes da queima natural de madeira podiam ser realizadas pela ação do vento, ou pelo sopro, fazendo a chama reaparecer.
A etapa seguinte era fazer produzir o fogo, talvez novamente pela observação eles notaram que o fogo aumentava pelo aquecimento de galhos ou folhas secas, isto indicou que a chama poderia ser iniciada com temperaturas elevadas. Desta forma, a descoberta de que o atrito entre dois pedaços de madeira seca, aumentava a temperatura e produzia a chama, que podia ser ativada pelo sopro.
O homem primitivo através da observação também encontrou outra maneira de produzir fogo. Observando que o choque produzido entre duas pedras produzia faíscas e que se colocassem folhas e galhos secos próximos dessas faíscas conseguiam fogo.
Depois que o homem descobriu sua utilidade e como acendê-lo, passou a assar a carne e a cozinhar vegetais e junto ao fogo se reuniam, descansavam e se protegiam do frio e dos ataques de animais ferozes.
O grande avanço do homem paleolítico foi a descoberta do fogo, ele através de observação consegui utilizá-lo e também como produzi-lo, o processo era simples, batiam uma pedra na outra para sair a faíscas ou esfregando duas madeiras uma na outra para gerar o calor.

Qual a importância das pinturas rupestres e da descoberta do fogo para o homem?

Foi através das pinturas rupestres que os arqueólogos (pessoas que estudam coisas antigas, especialmente do período pré-histórico, quando o homem ainda não conhecia a escrita), puderam estudar vários aspectos dos seres humanos dessa época como viviam, o que faziam, do que se alimentavam, e principalmente a localização das regiões onde eles habitavam.
A arte rupestre segundo hipóteses levantadas pelos arqueólogos, que era uma das maneiras que eles usavam para se comunicarem uns com os outros.
A descoberta do fogo foi um importante passo a evolução do homem, pois ele conseguiu desenvolvê-lo controlá-lo e fazer uso dele para diversas coisas.
partir da descoberta do fogo p ser humano passou por varias transformações no seu modo de vida, o ser humano cada vez mais passou a ter controle da natureza.
Pinturas rupestres: Os grupos humanos do período paleolítico procuraram registrar seu modo de vida, seus costumes. Assim, os homens mais antigos, que viviam em cavernas, desenharam e pintaram em suas paredes cenas da sua vida que atravessaram milhares de anos e chegaram até nossos dias.
A descoberta do processo de fazer fogo foi um passo importante na evolução da humanidade.

E a Pré-história no Brasil, aconteceu? Como podemos pesquisar?

Todos nos aprendemos que a história do Brasil começa com a chegada das caravelas de Pedro Alves Cabral a Porto Seguro no dia 22 de Abril de 1500. Porem, aqui já existiam habitantes, e em grande quantidade espalhadas por várias regiões.
Podemos afirmar através de conhecimentos e descobertas que existiu a pré-história no Brasil, essa afirmação se deve as novas descobertas feitas nas últimas décadas em nosso território.
Os primeiros habitantes do Brasil não deixaram nada escrito. Mas deixaram muitos vestígios arqueológicos como cavernas com pinturas rupestres, fósseis de bichos pré-históricos, objetos como ponta de flechas, machados, sepulturas, etc. As marcas da pré-história brasileira estão presentes em todos os cantos do país. E o nome do conjunto desses vestígios encontrados em determinada região recebe o nome de sítio arqueológico e o mais conhecido em nosso país é o da Serra da Capivara no estado do Piauí.
Importantes descobertas feitas em São Raimundo Nonato, estado do Piauí, estão ajudando os estudiosos a reconstituir a história dos primeiros habitantes do Brasil. Eles também deixaram suas marcas nas cavernas em que viviam, fazendo desenhos e pinturas. Além das pinturas foram encontrados também utensílios de pedra, ossos e restos de fogueiras.
Breve comentário a respeito das pesquisas na Serra da Capivara em São Raimundo Nonato – Piauí.
O Parque nacional da Serra da Capivara foi criado em 1975 e tombado em 1991 pela Unesco, dos 400 sítios arqueológicos do parque, pelo menos dez já foram encontrados vestígios de presença humana que podem alcançar mais de 40.000 anos.
Mas os vestígios mais antigos da presença humana na América foram encontrados em 1969 em São Raimundo Nonato, precisamente na toca do Boqueirão da Pedra Furada. São restos de fogueiras e instrumentos de pedra lascada, vários esqueletos humanos, uma enorme quantidade de ossos de animais hoje extintos como tigres de dentes de sabre, mastodontes, etc. e pinturas rupestres.
A partir dessas descobertas, várias expedições foram feitas à área coordenada pela arqueóloga Neide Guidom. Em 300 sítios arqueológicos já conseguiram identificar um total de cerca de 9000 figuras em 200 abrigos.
As pinturas encontradas nas conversas de São Raimundo Nonato provocaram muitas discurções entre os arqueólogos, mas as pesquisas continuam e novos achados, novas pistas contribuirão para nos aproximar mais da verdade sobre o início da ocupação das Américas pelos seres humanos.
O Piauí abriga diversos sítios arqueológicos importantes, dentre os quais se destaca o Parque Nacional da Serra da Capivara, onde estão os achados arqueológicos do homem mais antigo das Américas. Foram localizadas na região urnas funerárias, fósseis humanos, de mastodontes, lhamas, tigres dentes-de-sabre e preguiças-tatus gigantes. Suas pinturas rupestres, que representam rituais sexuais e de caça dos animais de então, foram declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Além da importância histórica e cultural, a Serra da Capivara, localizada a 534 km de Teresina, no sudeste do Piauí, possui paisagens belíssimas.
O mapa acima mostra a localização da Está foto é da Toca do Boqueirão da Pedra Furada, em São Serra da Capivara que está localizado Raimundo Nonato- PI, econtram-se neste local vestígios no Estado do Piauí humanos que podem chegar a 48.500 anos.

Conclusão

O período paleolítico ou da Pedra Lascada foi o primeiro período da pré-história e se caracterizou pelos instrumentos de pedra lascada que usavam nesse período. Vestígios desse período foram encontrados em quase toda a parte do mundo, inclusive no Brasil.
Acredito que neste período a comunicação era feita através de gestos e de pinturas nas paredes das cavernas, as chamadas pinturas rupestres, nessas pinturas eles nos transmitiam muitas informações como por exemplo que eles viviam da caça e andavam sempre em grupo e também eram nômades.
Foi neste período também que o homem descobriu o fogo e aprendeu a lidar com ele. Isso demonstra que o ser humano é o único ser capaz de refletir e esse capacidade nos permite planejar tudo o que queremos, até mesmo ir em busca do desconhecido.
Nós seres humanos temos a capacidade de descobrir coisas muito interessantes e isto só ocorre graças aos nossos antepassados. Porque aprendemos com eles o futuramente iremos passar para os nossos filhos e assim a história continua.
A importância de estudar esse período da pré-história e descobrir que em nosso país também existiu esse período é muito importante. Antes só sabíamos a história do Brasil a partir da chagada de Pedro Alves Cabral em 22 de abril de 1500 e realizando esse trabalho, percebi que nunca havia passado pela minha cabeça a pergunta e os índios que estavam aqui, de onde surgiram?
Depois deste trabalho pude perceber que os nossos antepassados também foram pré-históricos.
Porem essa descoberta é ainda muito recente, pois só foram descobertas vestígios pré-históricos em nosso país em 1969, mas neste curto período já através de estudos conseguiram saber que eles estiveram aqui.
Todas as descobertas são muito importantes para os arqueólogos, pois eles estudam e reconstituem a Pré-História.
                                                                                                                   
                                                                                                                      Postado por : Jennifer Arújo

domingo, 31 de outubro de 2010

As fases da Pré-História

As fases da Pré-História, cultura e arte pré-histórica, Paleolítico ( Idade da Pedra Lascada), Mesolítico, Neolítico (Idade da Pedra Polida), a vida dos homens das cavernas, nômades e sedentários, origem da agricultura, arte rupestre :

Arte Rupestre: pintura em paredes de cavernas

Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada
Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletivas.
Machado de madeira e pedra (reprodução)

Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.

Mesolítico
Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.

Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.



Neolítico ou Idade da Pedra Polida
Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização,  a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.


Idade dos Metais
História do período da Idade dos Metais, avanços, características, Pré-história, Idade do Bronze, Idade do Ferro

Objetos feitos na Idade dos Metais


O período da Idade dos Metais é a última fase da Pré-história. De curta duração, este período vai de 6, 5 mil anos atrás até o surgimento da escrita (por volta de 5,5 mil anos atrás).

Foi um período muito importante, pois o homem pré-histórico fez vários avanços nas técnicas de produção de artefatos. Estes avanços, lhes permitiram melhores condições de vida. O conhecimento de técnicas de fundir e moldar os metais trouxe muitos avanços na vida cotidiana do homem pré-histórico.

Principais avanços do período da Idade dos Metais:

- Idade do Cobre - por volta de 6 mil anos atrás, o homem pré-histórico (homo sapiens sapiens) adquiriu conhecimentos para o desenvolvimento de técnicas para derreter e moldar o cobre. Usava moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e produzir espadas, lanças e ferramentas. Usava o martelo para moldar estes objetos depois que esfriavam. 
- Idade do Bronze - por volta de 4 mil anos atrás, o homem começou a produzir o bronze (metal mais resistente que o cobre), a partir da mistura da liga do cobre com o estanho. Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas, machados e outros objetos de bronze começaram a ser fabricados neste período. Esta época, de grande avanço tecnológico, passou a ser chamada de Idade do Bronze.
- Idade do Ferro - por volta de 3,5 mil anos atrás o homem já dominava muito bem a metalurgia, passando a fabricar o ferro, usando fornos em altas temperaturas. Com o ferro, o homem passou a desenvolver, principalmente, armas mais resistentes.
- A fabricação destes objetos de metais teve uma grande influência na agricultura, aumentando a produção. O arado de metal, enxada e outras ferramentas agrícolas rústicas foram criadas, facilitando assim o trabalho no campo.
- O domínio dos metais também possibilitou ao homem deste período a fabricação de utensílios domésticos (panelas, potes, facas, etc) e objetos de adorno e de arte. Nesta época, várias esculturas de bronze foram produzidas.


Neolítico 

O que foi o neolítico, sedentarismo, desenvolvimento da agricultura, domesticação de animais, formação das primeiras comunidades, divisão do trabalho, economia de trocas, idade da Pedra Polida : 
Pote de cerâmica do período Neolítico

Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida foi a fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil AC. O início deste período é marcado com o fim das glaciações (época em que quase todo planeta ficou coberto de gelo) e termina com o desenvolvimento da escrita na Suméria (região da Mesopotâmia).

Entre as principais características do Neolítico, podemos citar:

- Desenvolvimento da agricultura. Este avanço permitiu ao ser humano ter uma vida menos dependente da natureza. Não necessitava mais coletar frutos, vegetais e raízes.

- A domesticação dos animais (cabras, bois, porcos, cavalos e aves) também colaborou com a melhoria na qualidade de vida. Aliada a agricultura, a domesticação dos animais permitiu ao homem um aumento significativo na quantidade de produção de alimentos.

- Em decorrência do desenvolvimento da agricultura e domesticação dos animais, o ser humano deixou de ser nômade (sem moradia fixa) para tornar-se sedentário (com moradia fixa). Este fato permitiu o desenvolvimento das primeiras comunidades (tribos, aldeias, vilas e cidades). Estas primeiras comunidades desenvolviam-se às margens de rios e lagos. Além de suprir as necessidades básicas, a água assumia uma nova função na vida dos homens: irrigar o solo para o plantio.

- Com o aumento na produção de alimentos, criou-se a necessidade de armazenamento. No Neolítico ocorreu um grande desenvolvimento da arte cerâmica.

- Nas primeiras comunidades que se formavam, a organização do trabalho tornou-se necessária. Os homens ficaram encarregados da caça, pesca e segurança (função militar de proteção). As mulheres ficaram com as tarefas de cuidar dos filhos, da agricultura e do preparo dos alimentos.

- Com o aumento da produção ocorreu a geração de excedentes. Além de armazenarem para os períodos de maior necessidade, os homens começaram a trocar estes produtos com outras comunidades. Foi o início da economia de trocas.

- Com mais alimentos, ocorreu um significativo aumento populacional. Este fato passou a gerar a necessidade de formas de administração mais desenvolvidas, inclusive com estabelecimento de lideranças e funções mais específicas dentro da comunidade.

- Ocorreu também, no Neolítico, um significativo desenvolvimento das práticas religiosas (rituais), culturais e artesanais.

Mesolítico
História do período Mesolítico, avanços, características do período, domínio do fogo, desenvolvimento da agricultura, Pré-história

Machado feito no período do Mesolítico

O período Mesolítico é uma fase intermediária da Pré-história entre os períodos Paleolítico e Neolítico. Esta fase não ocorreu em todas as regiões do mundo, mas apenas naquelas onde a glaciação teve efeitos mais consideráveis. O Mesolítico teve início há, aproximadamente, 10 mil anos atrás e terminou com o desenvolvimento da agricultura.

O Mesolítico foi um período de transição, porém representou grandes avanços no sentido de garantir melhores condições de sobrevivência para o homem pré-histórico.

Principais avanços do período Mesolítico:

- Domínio do fogo: com esta conquista o homem da Pré-história conseguiu espantar os animais selvagens que lhe representavam perigo. Foi possível também esquentar e iluminar a moradia, além de possibilitar o consumo de alimentos e carne cozida ou assada.
- Domesticação dos animais: possibilitou garantir uma reserva de alimento para o momento que houvesse necessidade, eliminando a dependência da caça. 
- Desenvolvimento da agricultura: com este avanço, o homem da Pré-história deixou de ser nômade para ser sedentário. Diminuindo a dependência da natureza, a agricultura garantiu maior quantidade de alimentos.
- Divisão de trabalho por sexo: os homens ficaram responsáveis pelo sustento da família e segurança do local, enquanto às mulheres cabiam as funções de cuidar dos filhos e da organização da habitação. Esta divisão de trabalho melhorou a organização social na Pré-história, favorecendo o desenvolvimento das famílias.


Paleolítico 
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Paleolítico: a caça era uma das principais fontes de alimentação

O Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, é a primeira fase da Idade da Pedra. Vai de 2 milhões a.C (época aproximada em que o homem fabricou o primeiro utensílio) até 10.000 a.C (início do Período Neolítico).

Este período da Pré-História se caracteriza pela fabricação de ferramentas (machados, lanças, cajados, facas, etc) e outros objetos de pedra, ossos e madeira. A vida neste período baseava-se na caça de animais, pesca e coleta de alimentos (frutos, folhas e raízes).

Os homens deste período eram nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de um local para outro em busca de água e alimentos. Como precisavam deixar o local constantemente, buscavam moradias provisórias como, por exemplo, cavernas e vãos entre rochas.

A economia na fase do Paleolítico era de subsistência, ou seja, não acumulavam nem produziam para o comércio, mas apenas para a sobrevivência do grupo. Os bens de produção do grupo (ferramentas, utensílios e outros objetos) eram de propriedade coletiva.

Os homens se organizavam em pequenos grupos, cuja liderança era do mais forte e experiente. Aos homens cabia a tarefa de caçar, pescar e proteger o grupo. As mulheres ficavam com a função de preparar o alimento e cuidar dos filhos.

A comunicação neste período era baseada na emissão de pouca quantidade de sons (ruídos). Outra forma muita usada de comunicação foram as pinturas rupestres (desenhos feitos em paredes de cavernas). Através destes desenhos (arte rupestre) eles marcavam o tempo, trocavam experiências e transmitiam mensagens e sentimentos.

 Produção do fogo no Paleolítico 

Uma das grandes descobertas do período foi a produção do fogo. Este era produzido através de dois processos. O mais rudimentar era a fricção de duas pedras sob um maço de palha seca. A faísca obtida incendiava a palha. Num segundo procedimento, mais elaborado, um graveto era girado sob o furo de uma madeira seca. Este procedimento, através do aquecimento, gerava calor que passava para a palha, provocando o fogo.

No Paleolítico, os homens já realizavam rituais funerários. Arqueólogos encontraram, em várias regiões, potes de cerâmica com restos mortais e objetos pessoais dentro de cavernas. Eram também realizados rituais religiosos com a utilização do fogo.

Hominídeos que viveram no Paleolítico: Australopitecos , Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Sapiens, Homem de Neanderthal e Homem de Cro-Magnon.


Arte na Pré-História - Arte Rupestre - Arte Primitiva
História da arte na pré-história, as características da arte rupestre, pinturas em cavernas, arte primitiva dos povos nativos, representação artística do tempo das cavernas, esculturas primitivas, arte indígena.

 
Foto de uma pintura rupestre: a arte na pré-história

Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte.

Características principais 
O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano. Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.

Além da arte pré-histórica vista no parágrafo acima, há um outro tipo de arte primitiva: a realizada pelos índios e outros povos que habitavam a América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Os povos: maias, astecas e incas são representantes da arte pré-colombiana. A história destes povos é contada através de sua arte (pinturas, esculturas e templos grandiosos, construídos com pedras ou materiais preciosos). 

Nos dias de hoje também é possível encontrar arte primitiva; alguns exemplos são as máscaras para rituais, esculturas e pinturas que são feitas pelos negros africanos. Há ainda a arte primitiva entre os nativos da Oceania e também entre os índios americanos, que fazem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais. 




                          Postado por : Jennifer Araújo


Mesopotâmia

A Mesopotâmia é considerada um dos berços da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia.


                                                                                                             
                                                                                                                   Postado por : Antonio Marcos 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sociedade Egípcia

 A sociedade do Egito Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que obedecer quem estava acima. 


Faraó


Era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egipicos. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.

Chefes Militares
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.

Escribas 
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e  registravam os impostos cobrados pelo faraó.

Povo Egípcio
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (diques, represas, palácios, templos).

Escravos
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não possuiam direitos.

                                
Religião do Egito Antigo
A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da sociedade.
Características da religião egípcia
Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deuses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado. Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano.

Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. 

No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.

Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.

                                  

Vida no Egito Antigo
A sociedade egípcia antiga possuía uma vida muito diversificada, já que a sociedade era muito complexa. Em função do grande desenvolvimento cultural, econômico e social, os egípcios possuíam uma vida cotidiana marcada por várias atividades.
Alimentação
A alimentação dos mais pobres (camponeses, escravos) era composta basicamente por pão e água. Raramente comiam carne e frutas.
Já os mais ricos (faraós, sacerdotes, chefes militares, ricos comerciantes) possuíam uma alimentação bem variada. Além de pão, consumiam muita carne animal (boi, porco e peixe), queijos, frutas e legumes. O cardápio era composto também por vinho e uma espécie de cerveja. 
Habitação
As casas dos mais pobres eram simples e pequenas. Geralmente eram feitas de barro ou pedras. Com apenas um cômodo, quase não possuíam móveis. Os camponeses dormiam em esteiras ou palhas jogadas no chão. Os utensílios domésticos eram pequenos copos, potes e vasos de cerâmica.
As casas dos mais ricos eram grandes e espaçosas, compostas por vários cômodos. Feitas de tijolos de barro, possuíam em seu interior vários utensílios e móveis (cadeiras, camas, mesas, bancos). Eram decoradas por dentro e recebiam pintura interna e externa. Os faraós habitavam em palácios onde o luxo e o conforto eram as marcas principais.
Diversão
A natação, lutas e jogos de tabuleiros eram as formas de lazer mais comuns no Egito Antigo. Os mais ricos divertiam-se também com competições no rio Nilo, usando embarcações.
As crianças gostavam de brincar com bonecos feitos de madeira e bolas. Brincadeiras coletivas, baseadas em danças e jogos de equipe também eram comuns entre os pequenos egípcios.
Roupas
Como o clima no Egito Antigo é quente e seco, as roupas eram leves e finas. Homens camponeses e artesãos vestiam apenas pedaços de tecido amarrados na cintura. As mulheres vestiam vestidos simples ou túnicas. 
Os mais ricos, principalmente nobres, usavam roupas com muitos enfeites. As mulheres abusavam das jóias e vestidos com bordados com contas. Era comum entre os homens nobres o uso de uma espécie de saiote com pregas.


Transportes
Os egípcios usavam muito o rio Nilo como via de transporte de mercadorias e pessoas. Para tanto, embarcações de todos os tamanhos eram utilizadas. As embarcações grandes eram feitas de madeira, enquanto as pequenas eram de fibras de papiro. Cavalos, camelos e bois também eram usados como meios de transportes.
Os Faraós


Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.
O poder dos faraós
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.

Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.

Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos mortos) iria utiliza-la para julgar os mortos.


Exemplos de faraós famosos e suas realizações:

- Tutmés I – conquistou boa parte da Núbia e ampliou, através de guerras, territórios até a região do rio Eufrates.

- Tutmés III – consolidou o poder egípcio no continente africano após derrotar o reino de Mitani.

- Ransés II – buscou estabelecer relações pacíficas com os hititas, conseguindo fazer o reino egípcio obter grande desenvolvimento e prosperidade. 

- Tutankamon – o faraó menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando morreu, provavelmente assassinado. A pirâmide deste faraó foi encontrada por arqueólogos em 1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros impressionantes.


Curiosidade:
A maldição do faraó 
No começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: "morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faráo". Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns arqueólogos morreram de forma estranha e sem explicações. O medo espalhou-se entre muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a "maldição dos faraós" estava fazendo vítimas. Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram, dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu explicar e desmistificar a questão.


                
Arte Egípcia
As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.
Pintura Egípcia
Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos). 
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).


Escultura Egípcia
Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.




Arquitetura Egípcia
Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado. 


                             
Pirâmides do Egito Antigo
Elas foram construídas  há mais de 2500 anos e resistem até hoje. Cercadas de mistérios, despertam interesse de historiadores, arqueólogos e estudiosos de civilizações antigas. Como resistiram a tantos séculos? Que segredos guardavam dentro delas? Qual função religiosa exerciam na sociedade?
Conhecendo as pirâmides 
A religião do Egito Antigo era politeísta, pois os egípcios acreditavam em vários deuses. Acreditavam também na vida após a morte e, portanto, conservar o corpo e os pertences para a outra vida era uma preocupação. Mas somente os faraós e alguns sacerdotes tinham condições econômicas de criarem sistemas de preservação do corpo, através do processo de mumificação. 
A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Os engenheiros, que deviam guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das construções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados.
As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, milhares muitas vezes, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide.
A matemática foi muito empregada na construção das pirâmides. Conhecedores desta ciência, os arquitetos planejavam as construções de forma a obter o máximo de perfeição possível. As pedras eram cortadas e encaixadas de forma perfeita. Seus quatro lados eram desenhados e construídos de forma simétrica, fatores que explicam a preservação delas até os dias atuais.
Ao encontrarem as pirâmides, muitas delas intactas, os arqueólogos se depararam com muitas informações do Egito Antigo. Elas possuem inscrições hieroglíficas, contando a vida do faraó ou trazendo orações para que os deuses soubessem dos feitos realizados pelo governante. 

                  
Múmias do Egito Antigo e a Mumificação
De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
O processo de mumificação
O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:

1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.

2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.

3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.

4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas. 

Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam. 


Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.


Curiosidades: 
- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.
- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo.


                   
Cleópatra
Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV.
Biografia , personalidade e atuação política
Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.
A luta pelo poder entre ela e seus irmão gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ). Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Julio Cesar. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhece-lo. Tornaram-se amantes e ele a ajudou assassinar seu irmão em 51 A.C. Após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a Cesarion. 
A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de  governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C. 
Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano. 
A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo pode de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma. 
                                     
                                                                                                                                                      

                                Escrita Demótica
Escrita demótica: muito usada no Egito Antigo para relatar assuntos do cotidiano 
A escrita demótica foi muito usada para relatar assuntos do dia-a-dia no Egito Antigo. Ao lado da escrita hieroglífica, mais usada pelos escribas egípcios para assuntos religiosos e oficiais, a escrita demótica representava uma evolução da língua falada e era mais simplificada em comparação com a hieroglífica.

O alfabeto demótico começou a ser usado no Egito Antigo, de acordo com egiptólogos (estudiosos especialistas na história do Egito Antigo), na Dinastia XXVI.

Assim como a escrita hieroglífica, a demótica era para poucos no Egito Antigo. Apenas os sacerdotes e escribas conheciam bem o alfabeto demótico e tinha condições de escrever textos com ele.

A escrita demótica foi uma das três escritas usadas na Pedra de Roseta (usada para decodificar a escrita egípcia), além da hieroglífica e grega.

                               



                                                              Postado por : Ana Carolina

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